logo50mini

DETALHES DA TURMA

Seminário de Poder e Sociedade Contemporânea I

Nome da Disciplina: Seminário de Poder e Sociedade Contemporânea I
Carga Horária: 90
Créditos: 4
Obrigatória: Não
EMENTA
A ideia geral do curso é compreender a inserção do Brasil na Era das Revoluções e da expansão do capitalismo global no período em tela, refletindo especificamente sobre as relações entre o tráfico de escravizados e os deslocamentos transnacionais de população (i)emigrante livre pobre. Desta forma, pretende-se compreender as hierarquias étnico-raciais, bem como as redes de solidariedade formadas nas e entre as cidades portuárias no Atlântico, bem como associar essas hierarquias e redes de solidariedade entre indivíduos livres, trabalhadores engajados e escravizados à formação de classes, concepções de raça e de culturas políticas nos espaços dos impérios, problematizando a oposição entre trabalhadores livres e escravizados e mostrando a circulação das ideias de liberdade e autonomia.
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia: ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Proletários e escravos: Imigrantes portugueses e cativos africanos no Rio de Janeiro, 1850-1872. Novos Estudos CEBRAP, n. 21, p. 30-56, 1988. ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Revisitando a formação do Brasil no Atlântico Sul, In: Ler História, 81 | 2022, 9-19. ALVES, Jorge Fernandes. Discursos cruzados entre Brasil e Portugal: emigração, colonização e escravatura branca. Revista Nordestina de História do Brasil. Cachoeira, vol. 1, n.1, jul/dez 2018. BASTOS, Cristiana. “La couleur du travail”: une anthropologie historique de la fabrique de lar ace dans na plantation. Centre d’Information et d’Etudes sur les migrations Internationales. 2020/4, n. 182, p. 113-126. BRANDON, Pepijn; FRYKMAN, Niklas; ROGE, Pernille. Free and unfree labor in Atlantic and Indian Ocean Port Cities (17th-19th centuries). International Review of Social History, v. 64, p. 1- 18, 2019. CAÑIZARES-ESGUERRA, Jorge e SEEMAN, Erick R. (eds.) The Atlantic in Global History (1500-2000). 2a ed., Nova York: Routledge, 2018. CARZOLIO, María Inés. “De lo local a lo global en el espacio de las historias conectadas”. Cuadernos de H ideas, v.14, n.14, 2020. CARVALHO, Marcus J.M. O “tráfico da escravatura branca” para Pernambuco no ocaso do tráfico de escravos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, vol. 149, n. 385-361, p. 22-51, 1988. ELTIS, David. Antislavery in the Context of the British Expansion and Industrialization (1. Capitalism and Abolition in Britain: Some Scenarios/ Antislavery and the Labour Problem: Origins and Impact. In: Economic Groth and the Ending of the Transatlantic Slave Trade. Ney Yor/ Oxdor, Oxford Univertity Press, 1987. p. 3-30. ELTIS, David. The Portuguese Sytem. In: Atlantic Catacliysm. Rethinking the Atlantic Slave Trades. Cambridge University Press, 2025. p. 153-195. FERREIRA, Roquinaldo. “Biografia, mobilidade e cultura atlântica: a micro-escala do tráfico de escravos em Benguela, séculos XVIII-XIX”. Tempo, v.10, n.20: jan, p. 23-49, 2006. FRYKMAN, Niklas. The Wooden World Turned Upside Down: Naval Mutinies in The Age of Atlantic Revolution. Pittsburgh: University of Pittsburgh, 2010 (Tese. Dout.). FRYKMAN, Niklas; ANDERSON, CLARE; VOSS, Lex Heerma, REDIKER, Marcus Rediker. Mutiny and Maritime Radicalism in the Age of Revolution: A Global Survey. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. FRYKMAN, Niklas; BRANDON, Pepijn e ROGE, Pernille. Free and Unfree Labor in Atlantic and Indian Ocean Port Cities, 1700-1850. Cambridge: Cambridge University Press, 2019. FREITAS, Nelly de. Partir sem ser visto: a emigração clandestina no Arquipélago da Madeira no final do século XIX. Anuário 2013. Centro de Estudos de História do Atlântico, p. 1-11. GALVANESE, Marina Simões. Nos portos e nos gabinetes: representantes do Império do Brasil em Portugal e o incentivo à emigração portuguesa (1825-1860). Almanack (38), 2004. GALVANESE, Marina Simões. Portugueses no Brasil na década de 1830: companhias colonizadoras e a construção da categoria “escravo branco”. Anais Assis GALVANESE, Marina Simões. Busquem os europeus! A “escravatura branca” e as incertezas sobre o tráfico de escravizados. In: Os sentidos da emigração portuguesa. Discursos, diplomas e políticas entre Portugal e Brasil (1835-1914). São Paulo, Tese de Doutorado defendida na USP, 2021. p. 79-147. GONÇALVES, Paulo Cesar. Um Imperialismo Possível Fluxos migratórios e estratégias colonialistas na Europa mediterrânea (1870-1914). História (São Paulo) v.30, n.2, p. 335-358, ago/dez 2011. GONÇALVES, Paulo Cesar. Mercadores de Braços: riqueza e acumulação na organização da emigração europeia para o Novo Mundo. São Paulo: Alameda/Fapesp, 2012. GONÇALVES, Paulo Cesar. Os limites do contrato. O engajamento de trabalhadores na periferia do capitalismo (séculos XIX-XX). Revista Latinoamericana de Trabajo y Trabajadores, v. 3, p. 19-54, 2021. GONÇALVES, Paulo Cesar. Escravos e imigrantes são o que importam: fornecimento e controle de mão de obra para a economia agroexportadora Oitocentista. Almanack, n. 17, 2017, p. 307-361. HOFMEESTER, Karin; ZWART, Pim de. Colonialism, Institutional Change, and Shifts in Global Labour Relations. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2018. ISABELLA, Maurizio. Southern Europe and the Making of a Global Revolutionary South. In: Southern Europe in the Age of Revolutions. Princenton/ Oxford, Princenton University Press, 2023. P. 1-32. ISABELLA, Maurizio e ZANOU, Konstantina. Introduction. In: Mediterranean Diasporas. Politics and ideas in the Long 19 th Century. London/ Delhi? New York/ Sidney: Bloomsburry Publishing Plc, 2016. p. 1-24. LIMA, Henrique Espada. História global do trabalho: um olhar desde o Brasil. Revista Mundos do Trabalho, vol 10, n. 19, Edição especial, p. 59-70. LINDEN, Marcel van der. Trabalhadores do mundo: ensaios para uma história global do trabalho. Campinas: Editora da Unicamp, 2013. LINDEN, Marcel van der. História do Trabalho: o velho, o novo e o global. Revista Mundos do Trabalho. Vol 1, no 1, janeiro-junho 2009. Pp. 11 – 26. LINEBAUGH, Peter & REDIKER, Marcus. Hidrarquia: marinheiros, piratas e o estado marítimo. In: A hidra de muitas cabeças: marinheiros, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. São Paulo: Cia. das Letras, 2008. p. 155-186 e LINEBAUGH, Peter & REDIKER, Marcus. A horda heterogênea na revolução americana. In: A hidra de muitas cabeças: marinheiros, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. São Paulo: Cia. das Letras, 2008. p. 224- 261. LINEBAUGH, Peter. Todas as montanhas atlânticas estremeceram. Revista Brasileira de História. À luta trabalhadores. São Paulo: Editora Marco Zero, set 1983, 3, 6. https://ppgh.ufba.br/sites/ppgh.ufba.br/files/linebaugh_montanhas_atlanticass_revbrashistoria.pd ff MACEDO, Marta. Coffee on the move: technology, labour and race in the making of a transatlantic plantation system. Mobilities. 16:2, 2021. P. 262-272. MELÉNDEZ, José Juan Pérez. Peopling for profit in Imperial Brazil: directed migrations and the business of Nineteenth-Century Colonization. Cambridge: Cambridge University Press, 2024. MELÉNDEZ, José Juan P. The business of peopling: colonization and politics in Imperial Brazil (1822-1860). Tese (Doutorado em História) Faculty of the Division of Social Sciences, University of Chicago, Ilinois, agosto de 2016. MENDONÇA, Joseli Maria Nunes. Leis para “os que se irão buscar”- imigrantes e relações de trabalho no século XIX brasileiro. História: Questões & Debates. Curitiba, n. 56, jan-jun 2012, p. 63-85. MORELLI, Federica e GÓMEZ Alejandro E. “La Nueva Historia Atlántica: un assunto de escalas”. Nuevo Mundo, Mundos Nuevos: abr, p. 2-11, 2006. REDIKER, Marcus. “Escapando da escravidão pelo mar na véspera da Guerra Civil Americana: uma história do trabalho”. Mundos do Trabalho, v. 14, p. 1-20, 2020 REITANO, Emir e CARRERA, Julián. “Entre el etnocentrismo y el decolonialismo: el desafío de construir una nueva historia atlántica desde la periferia”. In: VINCENTE, Bernard et al (orgs.). Estudios en Historia Moderna desde una visión Atlántica. La Plata: FaHCE/UNLP, p. 76-88, 2017. RIBEIRO, Gladys Sabina. A “cidadela portuguesa”: aspectos populacionais e o perfil da imigração lusa na Corte. In: A liberdade em construção. Niterói, EDUFF, 2022. p. 147-229. RODRIGUES, Jaime. As tripulações do tráfico negreiro e cultura marítima. De costa a costa. Escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780- 1860). São Paulo: Companhia das Letras, 2005. P. 131-220. ROSA, Marcus Vinicius de Freitas. Escravos brancos no Brasil Oitocentista: tráfico interno, distinções raciais e significados de ser branco durante a escravidão. Afro-Ásia. N. 64, 2021, p. 51- 94. SANTOS, Marco Aurélio. Migrações e trabalho sob contrato no século XIX. História. São Paulo, v. 6, e12, 2017. SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio Santos (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. SCOTT, Julius S. El viento común. Corrientes afro-americanas em la era de la Revolución haitiana. Madrid: Traficantes de Suenos editorial, 2021. SHARMA, Nandita. “The New Order of Things”: Immobility as protection in the regime of immigration controls. Anti-Trafficking Review, n. 9, p. 31-47, 2017. ( www.antitraffickingreview.org) SOUZA, Marjorie Carvalho de. Negotiating the terms of wage(less) labour: free and freed Workers as contractual parties in nineteenth-century in Rio de janeiro. In: Coercion and Wage Labour. UCL Press, 2024. P. 253-271. STEINFELD, Robert J. Free Wage labor in the West/ “Free” Contract Labor in the United States. An Anti-Essentialist View of Labor Types I/ “Unfree” Wage Labour in at the Nineteen-Century Engrand. An Anti-essentialist view of Labor Types II. In: History of the Coercion, contract, and free labor in the Nineteenth Century. Cambridge University Press, 2001.p. 1-26; 29-38; 39-84. WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão [1944]. Rio de Janeiro: Editora Americana, 1975.


VOLTAR